Seminário: Desinstitucionalizar. Sim, não, “nim”?...

Fotografia de auditório. Na zona mais ao fundo um grupo de pessoas – sendo que uma delas está de pé a falar junto a um púlpito. De costas, sentadas em primeiro plano, estão várias pessoas. Projeção em monitor colocado na parede e em tela na parede.
  • fotografia ©: Ana Barradas / APCAS

A Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (FAPPC) participou, no dia 15 de janeiro, no seminário “Desinstitucionalização: caminhos a seguir para integrar uma perspetiva baseada em direitos”, iniciativa realizada no auditório do Instituto da Segurança Social (em Lisboa).

Iniciativa conjunta com a Comissão Europeia, o encontro pretendia oferecer um espaço de análise e discussão sobre a forma como o acolhimento institucional de pessoas com deficiência, visando estimular os “stakeholders” a refletirem sobre o tema, contrabalançando as “visões mais tradicionais” sobre a deficiência e os modelos assistenciais no setor de acolhimento institucional, analisando ainda as perspetivas de direitos humanos no trabalho e discutindo a prestação de cuidados institucionais.

Rui Coimbras, Presidente da Direção da FAPPC, foi um dos participantes no encontro. Defendendo que compete à FAPPC “proporcionar os meios e direitos para que as pessoas decidam, por elas, se querem ou não a institucionalização ou desinstitucionalização”, Rui Coimbras salientou que “a opção pela solução eventualmente adequada” deverá resultar de decisão do próprio interessado/envolvido. Tanto mais, que referiu o responsável da FAPPC, esta decisão “carece de análise caso a caso no que concerne às pessoas com paralisia cerebral”. “Compreendemos a opção, de âmbito europeu, de se desinstitucionalizar... Mas é uma solução e realidade que, em Portugal (e em algumas deficiências) ainda é de complicada implementação”.